domingo, 24 de julho de 2011

[MULTISHOW] Entrevista com o Cine

O site do Multishow fez uma entrevista com o Cine, falando sobre o novo single e sobre essa nova fase da banda.Confiram:

Em entrevista, Cine diz que Britney Spears e Ke$ha são influências em novo trabalho

Banda passa por nova fase e se afasta do estilo happy rock
Na última terça-feira, dia 19, o Cine lançou seu novo single, “Em Choque”. As batidas eletrônicas e o visual mais sóbrio deixaram claro que a banda passa por uma nova fase. Para falar sobre isso, conversamos com DH, vocalista da banda.

As mudanças podem ter surpreendido muita gente, mas DH garante que o Cine nunca foi rock e que já havia se distanciado da onda do happy rock. O vocalista também falou sobre o processo de composição do novo disco e das influências deste novo som. Para ele, Britney Spears e Ke$ha inspiraram a nova fase, que inaugura o estilo no Brasil.
Cine (Foto: Divulgação)

O Cine acabou de lançar um novo single, “Em Choque”. Por que essa foi a música escolhida para apresentar o novo disco?

No início do ano, nós começamos a compor os sons novos. Ficamos trancados dentro de casa, criando o disco todos juntos. E essa música foi a primeira que começou a se desenhar. Desde o início nós gostamos, porque ela traz toda essa cara diferente que a gente quer mostrar agora, esse amadurecimento da banda. E ela é uma musica bem pop! Apesar de entrar um pouco diferente do que era o Cine, ainda tem a nossa pegada, ainda tem aquele lance da melodia bem forte.

Vocês moram todos juntos!?

Estamos morando eu e Pedro. O Herbert, às vezes, fica aqui com a gente. O Bruno morava, mas ele não agüentou e saiu fora. Ele gosta de comida da mamãe... ele está certo,  é esperto (risos)! Montamos um home studio dentro de casa e compomos as prés do CD.

Por que decidiram mudar de estilo?

Acho que passou bastante tempo desde que a gente lançou “Garota Radical” e aquela onda do colorido, e tudo que estamos ouvindo ultimamente é eletrônico: Ke$ha, Britney (o Femme Fatalle é muito bom!). Estamos ouvindo muita coisa diferente do que ouvíamos no começo da banda e estamos agregando isso para o som. Achamos que é um passo, que o Cine evoluiria para isso de um jeito ou de outro.  A banda já tinha elementos eletrônicos e resolvemos entrar de vez nisso. Estamos gostando bastante!

E como vocês definem o som do Cine agora?

Nunca fomos rock. Sempre falamos que o Cine era uma banda de pop com eletrônico. Acho que agora é um eletrônico pop.


Como os fãs estão recebendo? Você acha isso não poderia afastar alguns fãs da banda, não tiveram medo do som ser rejeitado?

Medo sempre rola. Tínhamos um receio de que a galera não entendesse o recado, mas, de cara, a música foi super aceita, a galera pirou. E uma coisa que achávamos que aconteceria, mas não do jeito que aconteceu: muita gente de fora, que nem gostava da banda, comentou nos vídeos. Então, agregou mais fãs e isso está sendo muito bacana e diferente para a banda. Nunca tínhamos vivenciado isso.

Durante o processo de composição, vocês pensam nos fãs, nas influências e gostos pessoais ou no que toca na rádio?

Acho que a composição é um misto de várias coisas. Temos uma margem de estilo, de onde não vamos fugir: não vamos fazer um som muito pesado, nem muito experimental porque sabemos que a galera gosta de coisa simples. Apostamos na composição simples, com beat, bateria eletrônica, uma voz bem legal, uma melodia marcante. São características que o Cine sempre explorou e que agora está explorando mais ainda. Tendo a chance de sintetizar tudo isso, tendo tudo eletrônico, brincamos muito com a voz, fizemos picote nas vozes. O trabalho está bem diferente e é algo que não tinha que no Brasil. Mas acreditamos que dê certo, porque não tem muito que não dar, já que a rádio aprova e a galera também. Acaba sendo bem aceito.

Qual é público alvo de vocês agora?
Acredito que a base dos nossos fãs seja de 13 a 18 anos. Agora eu acredito que a faixa etária suba um pouco mais. O resto do disco vem com outra roupagem é bem diferente do primeiro.

Dá para tocar na balada?

Algumas músicas dão sim, acho que dá pra arriscar (risos).

Você acha que está havendo uma mudança na cena brasileira?

A galera que tá comentando bastante isso. Por mais que tenha a Wanessa, que faz um som eletrônico, o mercado pop no Brasil ainda é fraco. Até porque a cultura no Brasil é diferente. Aqui tem a cultura do sertanejo, do samba, do pagode, que são nacionais. O pop é naturalmente “da gringa”. Mas não tem por que não se espalhar para o Brasil, que é um país que está crescendo em todos os aspectos e musicalmente também pode crescer. Então, estamos arriscando! Vamos ver se a galera aceita e entende o recado.

E essa mudança tem nada a ver com a tentativa de se distanciar do estigma de banda colorida?

Na verdade, já estávamos distanciados disso: o visual já não era colorido, a música de trabalho se chamava “As Cores”, mas ela não abordava nada sobre colorido, era uma música mais séria. Quem ia nos nossos shows já sabia que havíamos largado essa obrigação estar colorido no show. Então acho que o som eletrônico e essa mudança no visual vêm pra somar nisso e desvincular de vez desse colorido, desse lance que foi criado.

Como vai funcionar ao vivo?

Nós pensamos em tudo isso, fizemos arranjo para tudo isso. A Ke$ha, a Britney, a Madonna, toda essa galera “da gringa” que faz pop, tem a banda por traz, tem instrumento orgânico captado, para dar um “punch” para o show. Ninguém gosta de ouvir coisa gravada, é legal quando tem gente tocando. A galera vai tocar em um show normal.


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